Decidi encarar a tradução das primeiras páginas de “A Christmas Carol”.
Sim, existem diferentes traduções desta obra de Charles Dickens para o português; então, por que mais uma?
Porque os tempos são diferentes; porque eu queria me desafiar; porque eu queria ter com quem conversar.
Sim, tradução é conversa. Você precisa se entender com o autor, com o contexto histórico e cultural dele. Pode ser uma boa idea dialogar com outras traduções, aprender com as escolhas deles. Posso até tomar um caminho diverso, no fim das contas, mas, ao menos, eu o farei sabendo que existem outras possibilidades, não necessariamente melhores, nem piores: diferentes.
Já de saída, há o título.
Primeiro, inclinei-me por “canto”. Aí, li um pouco mais, e optei por uma palavra que estivesse mais próxima das cantorias de Natal, abraçadas como parte da tradição pelo universo vitoriano.
E aí teremos um cântico.